Valor Estimado: 15 057,48€
As tecnologias encheram os espaços de trabalho nas mais variadas áreas de actuação do Homem e tornaram-se ferramentas imprescindíveis. É praticamente impossível identificar uma profissão em que as tecnologias não estejam presentes e ainda mais difícil prever a evolução das profissões nos próximos 10- 30 anos, contudo, certamente integrarão cada vez mais tecnologias e exigirão dos cidadãos competências mais diversificadas.
A Robótica pode e deve ser encarada como uma ferramenta educativa e inclusiva.
O neuropsicopedagogo Wislon Bueno defende que as crianças que começam a aprender robótica antes mesmo de entrar para o 1.º ano de escolaridade desenvolvem o pensamento lógico e habilidades manuais que tornam o seu processo de alfabetização (leitura e escrita) mais fácil e acelerado. Durante as diferente atividades nas quais a robótica está presente, as crianças contactam com desafios que gostam, estimulam e que sentem prazer em aprender a resolver. Tais situações farão com que se desenvolvam mais rapidamente comparativamente a crianças que não recebem os mesmos estímulos.
As aulas, com recurso à robótica e a robots adequados à idade dos grupos-turma/alunos, podem transformar-se em momentos de descontração, criação, entreajuda e superação.
A robótica educativa torna o processo de aprendizagem mais dinâmico, consistente, interativo e participado, capacitando os alunos para o uso de novas ferramentas que mobilizam várias dimensões do saber, do saber fazer e do saber estar, através da criação de situações de aprendizagem ativa e que irão mais além do que respeita à interdisciplinaridade e contribuindo ativamente para o desenvolvimento das competências previstas no "Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória", homologado pelo Despacho n.º 6478/2017, 26 de julho.
Assim, o projeto Robotics Mobile Learning Labs (Laboratórios Móveis de Aprendizagem com Robótica assenta na criação de diversos laboratórios de aprendizagem móveis (kits) na área da programação e robótica que proporcionarão aos alunos dos diferentes ciclos de estudo (do jardim-de-infância ao ensino secundário) o contacto com as novas tecnologias integradas em ambientes de aprendizagem do futuro, independentemente da localização da escola que frequentam. Permitirá também que adquiram competências que lhes permitam participar em eventos regionais e nacionais - a par de outros alunos de outras escolas - como o RoboOeste, RoboBombeiro e o Festival Nacional de Robótica, entre outros.
Constituindo-se como um projeto com enorme potencial no que diz respeito à promoção do sucesso educativo, principalmente no que se refere à promoção da igualdade de oportunidades no acesso às tecnologias e à literacia da informação específicas, estes kits constituem-se como laboratórios móveis de aprendizagem equipados com recursos diversos que incluem robots, drones, placas de programação e sensores diversos.
Estes kits, que podem ser personalizados de acordo com as atividades planificadas curricularmente/eventos, proporcionarão a construção de cenários de aprendizagem que concorram para uma aprendizagem mais lúdica do aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver com os outros.
Os robots e blocos de programação para os anos de pré-escolarização e 1.º e 2.º anos dispensam plataformas de programação.
Os robots/Blocos de programação a partir do 3º ano podem ser programados em plataformas online/offline, computadores, tablets ou telemóveis e podem usar linguagem de programação visual ou linguagem de programação de alto nível como Python ou C/C++.
O drones podem ser programados utilizando tablets ou telemóveis e outros com tecnologia Bluetooth e plataformas de programação on-line ou aplicações desktop.
Com este projeto pretende-se:
• Criar cenários de aprendizagem lúdica e divertida com robótica, de acordo com o nível etário/desenvolvimento dos alunos;
• Estimular o pensamento analítico e computacional, criativo e colaborativo;
• Desenvolver a aprendizagem precoce de ferramentas inerentes à literacia da digital e à literacia dos media;
• Desenvolver a literacia digital e dos média;
• Fomentar o storytelling através da criação de novos cenários e histórias colaborativas e partilha das mesmas;
• Preparar para a tomada de decisões;
• Potenciar as aprendizagens interdisciplinares e transversais com mini-projetos ligados às STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts, Math);
• Tornar os alunos atores educativos do seu próprio conhecimento;
• Permitir a participação em eventos programação de objetos tangíveis, sensores, atuadores e dinâmica: robots e drones;
• Facilitar a aprendizagem ao longo do percurso formativo e ao longo da vida.
A concretização deste projeto permitirá ao concelho de Castro Verde integrar o grupo reduzido de concelhos que estão na vanguarda nacional da inovação educacional e na senda dos Laboratórios de Aprendizagem do Futuro, porque o futuro se constrói no presente.
A Previsão de orçamento para este projeto oscilará entre os 14.500,00€ e os 15.100,00€, de acordo com:
1. listagem dos kits a constituir e que segue em anexo (anexo 1)
2. orçamento da Areal Editores (anexo 2)
Os kits estariam à responsabilidade do Clube de Programação e Robótica do AECV de forma a operacionalizar todos os eventos formativos em sala de aula durante o tempo letivo.
Opcional - Criação de um espaço MAKE IT
Embora se trate de um projeto de robótica educativa, e porque os recursos não devem ficar fechados numa sala de aula de uma escola , seria interessante, criar um espaço tipo "Make it", acessível a alunos do ensino particular e também à comunidade, nomeadamente pais e outros munícipes que deles pudessem usufruir em horário pós-laboral ou tempos extra-letivos (férias, interrupções letivas, fins-de-semana, etc).
Embora o espaço não seja essencial, pela natureza móvel dos kits, um espaço próprio seria uma mais valia e tornaria possível organizar sessões de formação com especialistas na matéria, em datas de eventos culturais municipais.
Exemplos de espaços onde se possa criar um espaço "Make it" são as antigas salas das cantinas no recinto das escolas do 1º ciclo, uma sala no espaço In Castro, uma sala do edifício da Biblioteca Municipal ou outra.
O equipamento para um espaço desta natureza passa por mesas/bancadas de trabalho, cadeiras/bancos e armários de arrumação dos recursos. Embora a maioria dos participantes possam fazer uso da máxima BYOD (bring your own device), seria desejável a existência de uma tela de projecção e um projector de vídeo portátil, bem como de 6 a 8 computadores portáteis/tablets de forma a permitir que utilizadores que não tenham dispositivos próprios possam usar os existentes, numa perspectiva de inclusão social e combate à info-exclusão.
A proposta não inclui nem exige a criação de um posto de trabalho, uma vez que, existem recursos humanos que possam dinamizar as atividades letivas junto das escolas do concelho.
A criação e manutenção de um espaço "Make it" é opcional e poderá acrescer este orçamento em 10 000€ a 15 100€.